quinta-feira, 13 de novembro de 2008

A república denominada cheirosa...


Nos idos dos anos de 1973/74 ou coisa assim, lá no bairro da levada em Maceió, existia por acaso na famosa rua Formosa uma republica de estudantes santanenses na capitá do estado, até ai tudo bem, num é que chegou um novato, rapaz de pequena estatura física, olhos puxando para grande, para não dizer zoiudo, más de um caráter especial, filhos de pais santanenses, muito conhecido na cidade, de famílias tradicionais da nossa querida terrinha, uma mistura de “Soares & Mariano”, seus genitores Seu Zé Soares e Dona Zefinha. Logo de chegada o novato recebeu o nome de “Carrinho dos Zoião”, lá já moravam algumas hoje figuras de destaque no estado das Alagoas, assim sendo: Mago de Aníbal, Toinho de Aníbal, Mario Jorge, Zé Ormindo (Zefa Chagas), Rui Porca e tantos outros, ainda assim tudo bem, não cheguei na questão da conversa que tive com o personagem em referencia que é o Carrinho Soares, passo a narrar o ocorrido. Como todo novato ao chegar a um ambiente ele quer se enturmar o mais rápido possível, então o carrinho estava nessa fase, nisso o Mago de Anibal e o Rui Porca chamaram o Carrinho e lhe confidenciaram um segredo terrível sobre outro morador da briosa republica que era o Zé Ormindo, que se pelava de medo de “alma”. Eis o que ocorreu, ao anoitecer o Zé Ormindo sempre chegava tarde e o seu caminho rotineiro ao chegar em casa era de correr diretamente pra cozinha para fazer o seu rango noturno, nisso os ardilosos colegas do Carrinho o chamaram para fazer uma presepada com o Zé Ormindo, no que o Carrinho entrou de gaiato, a tática da presepada era que o Carrinho se esconderia fora de casa no muro existente naquela casa e ao notar que o Zé Ormindo chegasse na cozinha o “Carrinho-Alma” entraria em ação, assim estava engendrada a presepada contra Zé Ormindo. Tudo pronto, vamos ao projeto assombração “a alma do Panema”, ta lá o Carrinho escondido no muro e chegou o Zé Ormindo, nisso os facínoras Rui e Mago chamou o Zé Ormindo e contou do combinado, e o Zé que não é mala de jeito nenhum chegou na cozinha fazendo todo o barulho para chamar a atenção do carrinho, derrubou uma panela para que o carrinho notasse que ele já estava na cozinha, de prontidão a alma entrou em ação, OOOOOOHHHHHH a alma do Panema ta aqui gritava o Carrinho lá no muro, a alma também arrastava uma cadeira quebrada, OOOOOOOHHHH a alma do Panema veio lhe buscar gritava o Carrinho, o safado do Zé Ormindo respondia eu não tenho medo de alma, e nada fazia, reinava o silencio o carrinho aperreado com as muriçocas mordendo suas pernas começou a se irritar, logo entendeu que o malandro do Zé Ormindo tava sabendo da fuleragem, e dizia: abra essa porta, lá dentro Zé Ormindo dizia abro nada, eu tenho medo de alma, num abro de jeito nenhum, carrinho vendo que a porta não se abria gritava ferozmente, abra ou eu vou derruba-la, então Zé Ormindo dizia, quem já se viu alma derrubando porta, a alma passa por dentro das paredes avalie por uma porta. Finalmente os maloqueiros depois de deixar o Carrinho dos oião cheio de mordidas de muriçoca, já quase meia-noite abriram a porta e lá estava a alma fio de seu Zé Soares, altamente puto com o conto do vigário em que entrou, esse foi o seu BATIZADO na republica cheirosa da rua formosa...

Texto muito bom de : José Antonio Soares Campos (Xogoió).

Deleite-se com qualidade....

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